A atriz Ângela Leal, que atuou em dois filmes de Farias e um deles co-produziu, fala emocionada de sua relação profissional e de amizade. Já o ator Othon Bastos descreve sua vivência com Farias. Outro que conviveu com o cineasta foi o ator e diretor Flávio Migliaccio. No documentário, ele relembra os trabalhos realizados e fala sobre a sensibilidade profissional que Farias tinha ao dirigir os atores.
Eglê Malheiros e Salim Miguel também estão no filme. Eles foram parceiros de Marcos Farias na época da Revista Sul e, mais tarde, nos filmes A Cartomante (Machado de Assis) e Fogo Morto (José Lins do Rego), onde adaptaram os roteiros. Participam do documentário a filha Patrícia e a mulher Maria Clara Borges Feigenbaum, que recordam sua relação afetiva com o cineasta.
Cesar mostra também a diversidade dos temas focados pelo cineasta. “Ele primava pela sutileza e delicadeza na narrativa, quando abordava questões sociais”, diz o documentarista. Farias estava à frente de seu tempo, “muito embora tenha sido um vigoroso operário e um grande empreendedor em tudo que realizava”, acrescenta. Ao desvendar a obra deste catarinense, Cesar mostra a importância do movimento do Cinema Novo. “É um resgate de um período do Cinema Brasileiro, que começa com o movimento Cinema Novo e vai até a década de 1980”.
Ficha técnica:
Título “Olhar de um Cineasta”
Duração 75´ (minutos)
Ano de Produção 2007
Local de origem Florianópolis – Santa Catarina
País Brasil
Direção: Cesar Cavalcanti
Direção de atores: Cesar Cavalcanti
Assistente de direção: Janete Moro
Roteiro: Janete Moro e Cesar Cavalcanti
Empresa produtora: Produtor Independente
Produtores: Janete Moro / Cesar Cavalcanti
Produção Executiva: Janete Moro
Direção de Produção: Sofia Mafalda
Assistentes de Produção: Silvio Cesar Nazário
Direção de Fotografia: Marx Vamerlatti
Operador de Câmara: Marx Vamerlatti
Câmara adicional: Leandro Elsner
Assistente de Câmara: Leandro Elsner
Eletricista: Hercules de Jesus (SC) e Wallace Silvério (RJ)
Maquinista: Hercules de Jesus
Cenografia: Fabíola Beck
Figurino: Fabíola Beck
Produção de Arte: Fabíola Beck
Montagem/Edição: Tiago Santos
Edição de Som: Tiago Santos
Mixagem: Aldo Bastos
Estúdio de Montagem/Edição: Muringa Produções Audiovisuais
Estúdio de Som: Aldo Bastos
Trilha musical original
Música, autor e intérpretes
Título “Sem fim” – Autor, Direção Musical e Som Designer: Aldo Bastos
Participações João Carlos Silva (guitarra e violão), Talita Oliveira (voz), Roberto Ugarte (Keyboards).
Elenco: Tião Braga e Carlos Henrique Silveira
Narração: Édio Nunes
Depoimentos: Alberto Salvá, Ângela Leal, Antonio Feigenbaum de Farias, Carlos Diegues, Cícero Sandroni, Eduardo Coutinho, Eglê Malheiros, Flávio Migliaccio, Herculano Farias, Isabella Cerqueira, Maria Clara Borges Feigenbaum, Miguel Borges, Nelson Pereira dos Santos, Othon Bastos, Patrícia Farias, Paulo Cesar Saraceni, Salim Miguel, Sergio Sanz e Silveira de Souza.
Sinopse: Aspectos da vida e obra do cineasta catarinense Marcos Farias recriam sua trajetória regional e nacional, utilizando-o como interlocutor para a interpretação do pensamento de uma época. Cenas de seus filmes e entrevistas com personalidades, que com ele participaram do movimento Cinema Novo, discutem a prática cinematográfica do antes e agora.
Sobre o diretor:
Nome: Cesar Cavalcanti
Nascimento: 25/10/1939, em Maceió – AL – Brasil
Filmografia: Cesar Cavalcanti ingressa no cinema em 1963 estagiando na Assistência de Direção do inédito longa-metragem “O Filho da Rua” de Mauro Monteiro, depois de alguns estágios nos Estúdios da ex-Brasil Vita Filmes, em produções dirigidas por Watson Macedo, J. Rui, Aloísio de Carvalho, Alberto Pieralisi, Vitor Lima e Mario Latini. 17 anos depois de exercer funções na área da Direção Artística, onde colaborou em mais de 25 longas-metragens e alguns curtas, passando por experiências nas áreas de Assistência de Direção, Continuidade, Montagem e Dublagem, passa a se dedicar à área da Produção em mais de 27 longas e curtas-metragens. Em 1981 é convidado pelo Governo Popular de Moçambique à colaborar com o INC - Instituto Nacional de Cinema, na formação de quadros profissionalizantes. De volta ao Brasil, no ano seguinte, dedica-se exclusivamente à Produção, participando de Projetos de curtas e longas-metragens, nas funções de Assistente de Produção, Diretor de Platô, Diretor de Produção, Desenhista de Produção e Produtor Executivo. Ainda nos anos 80, ministra e coordena Cursos de Cinema (Produção e Assistente de Direção) para a Embrafilme.
Como Assistente de Direção, colabora em filmes de longa-metragem como: "Cristo de lama" e "O Bolão" de Wilson Silva; "A Doce mulher amada" e "O Desconhecido" de Rui Santos; "Um uisque antes e um cigarro depois" de Flávio Tambellini; "Ao Rio para amar" de André Jasiewicz; "Um brasileiro chamado Rosaflor" de Geraldo Miranda; "Maneco, o Super Tio" de Flávio Migliaccio; "Amor e traição" de Pedro Camargo; “O Descarte” de Anselmo Duarte; “Memórias do medo” de Alberto Graça; “Una Rosa per tuti” de Franco Rossi; “Diamante a Gogo” de Giuliano Montaldo e “Rio dos diamantes” de Paul Stanley.
Na área da Produção, colaborou como Assistente de Produção, Diretor de Produção e Produtor Executivo em filmes de longa-metragem como: "Rio, verão e amor" de Watson Macedo; "Procura-se uma virgem" de Paulo Gil Soares; “Chico Rei” de Walter Lima Jr.; “Love Rio” de Stanley Donen; “Quilombo” de Carlos Diegues; “Cavalinho azul” de Eduardo Escorel; “Espelho de carne” de Antonio Carlos da Fontoura; “Ópera do malandro” e “Kuarup” de Ruy Guerra; "O Escorpião escarlate" de Ivan Cardoso; “Guerra de Canudos” e “Mauá, o Imperador e o Rei” de Sergio Rezende; “Cruz e Sousa, o poeta de Desterro” de Sylvio Back; “Villa Lobos, uma vida de paixão” de Zelito Viana e “O homem mau dorme bem” de Geraldo Moraes.
Como Produtor Cinematográfico, realiza em 1999, em co-produção com a Prefeitura de Saint-Etienne-Fr e a Produtora Publytape - RJ, o documentário de média-metragem “Carnaval D’ete de Saint-Etienne”, dirigido por José Frazão.
Em 2000 ministra Oficinas de Produção nas áreas de Cinema e Vídeo, em Festivais, Faculdades catarinenses e desenvolve projetos autorais de curtas-metragens:
1 – Dirigiu e produziu: em 2005 o documentário “Além do Samba, a Resistência Afro-brasileira” em dois formatos, curta e média-metragem, premiado no Edital n° 1 do Concurso da Secretaria do Audiovisual 2004, do Ministério da Cultural e em fase de distribuição/exibição;
2 – Em 2006/07 dirige e produz o documentário ficcionado de média-metragem, “Lurdinha, a vendedora de ilusões”;
3 – Em 2007 dirige e produz o documentário de longa-metragem “Olhar de um Cineasta” aprovado pelo Sistema Estadual de Incentivo a Cultura de Santa Catarina (Lei do ICMS), em fase de distribuição.
Em fase de captação de recursos pela Lei Rouanet, o projeto de curta-metragem “Nevoeiro”, adaptação do conto homônimo de Herculano Farias.
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